domingo, 21 de agosto de 2011

Elaina Ribeiro

 Eu me rendo a Ti Senhor


Bento XVI pediu que os jovens não ignorem o sofrimento humano, mas que exercitem “o melhor de vós mesmos: a vossa capacidade de amar e de vos compadecerdes”.



O Papa dirigiu algumas palavras à multidão de jovens que rezou com ele a Via-Sacra, na Praça de Cibeles, no fim de tarde desta sexta-feira, em Madri, no maior ato deste segundo dia da presença do pontífice na Jornada Mundial da Juventude.“A paixão de Cristo incita-nos a carregar sobre os nossos ombros o sofrimento do mundo, com a certeza de que Deus não é alguém distante ou alheio ao homem e às suas vicissitudes; pelo contrário, fez-Se um de nós para poder padecer com o homem, de modo muito real, na carne e no sangue.”“A partir de lá entrou em todo o sofrimento humano alguém que partilha o sofrimento e a sua suportação; a partir de lá propaga-se em todo o sofrimento a con-solatio, a consolação do amor solidário de Deus, surgindo assim a estrela da esperança”, disse o Papa.Bento XVI desejou aos jovens “que o amor de Cristo por nós aumente a vossa alegria e vos anime a permanecer junto dos menos favorecidos”.“Vós que sois tão sensíveis à ideia de partilhar a vida com os outros, não passeis ao largo quando virdes o sofrimento humano, pois é aí que Deus vos espera para dardes o melhor de vós mesmos: a vossa capacidade de amar e de vos compadecerdes.”As diversas formas de sofrimento – prosseguiu o Papa –, “são apelos do Senhor para edificarmos as nossas vidas seguindo os seus passos e para nos tornarmos sinais do seu conforto e salvação”.“Sofrer com o outro, pelos outros; sofrer por amor da verdade e da justiça; sofrer por causa do amor e para se tornar uma pessoa que ama verdadeiramente: estes são elementos fundamentais de humanidade, o seu abandono destruiria o mesmo homem”, enfatizou Bento XVI.“Oxalá saibamos acolher estas lições e pô-las em prática. Com tal finalidade, olhemos para Cristo, suspenso no duro madeiro, e peçamos-Lhe que nos ensine esta misteriosa sabedoria da cruz, graças à qual vive o homem.”A cruz – afirmou Bento XVI – “não foi o desfecho de um fracasso, mas o modo de exprimir a entrega amorosa que vai até à doação máxima da própria vida. O Pai quis amar os homens no abraço do seu Filho crucificado por amor”.
“Na sua forma e significado, a cruz representa esse amor do Pai e de Cristo pelos homens. Nela reconhecemos o ícone do amor supremo, onde aprendemos a amar o que Deus ama e como Ele o faz: esta é a Boa Nova que devolve a esperança ao mundo”, disse.


Fonte: Na internet, íntegra das palavras do Papa: http://www.zenit.org/article-28638?l=portuguese 


sábado, 16 de abril de 2011

Fomos Curados por suas chagas

Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades, o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas (Isa 53,5).

Ao aproximar-nos dos mistérios de nossa redenção, somos chamados, a juntamente com Jesus, percorrer a mesma trajetória por Ele feita.
A liturgia da Semana Santa quer chamar a nossa atenção para este grande mistério de fé, a este grande acontecimento que mudou a história da humanidade.
Iniciamos a Semana Santa com o Domingo de Ramos,  recordando a entrada de Jesus em Jerusalém, onde o povo o recebe e o acolhe com ramos de palmeiras e exclamam: “Hosana ao Filho de Davi” (cf. Mt 21,1-9). O povo de Israel, num primeiro instante, parece reconhecer a majestade de Jesus, porém, o mesmo povo que o acolhe, o condenará à morte quando diante de Pilatos grita: “Crucifica-o” (cf. Jo 19,1-16).
Esta semana é dedicada à meditação do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
 Damos sequência a esta semana com o Tríduo Pascal, que inicia-se na quinta-feira com a celebração da Última Ceia de Jesus. Em seguida, na sexta-feira Santa, contemplamos o mistério de sua  Paixão e Morte e, no Último dia, sábado à noite, a gloriosa Ressurreição de Jesus.
Na quinta-feira Santa,  celebramos a Última Ceia de Jesus, onde nos é entregue seu próprio Corpo e Sangue. Jesus não quer apenas morrer por nós, mas quer  de uma vez por todas ficar conosco. Por isso se dá inteiramente a nós e diz: “fazei isto em memória de mim” (cf. Mt 26,17-29); instituindo assim, o sacerdócio. E como se não bastasse tudo o que já nos mostrara, nos dando de si mesmo, Jesus quer ainda nos ensinar uma grande lição de humildade colocando-se a lavar os pés de seus discípulos, dando-nos  uma  ordem a ser seguida, a sermos servos uns dos outros, e assim seremos felizes (cf. Jo 13,1-20).
Na  sexta-feira Santa, também conhecida como sexta-feira da Paixão, celebramos a manifestação do amor de Deus por nós, a entrega de seu Filho, sua morte na cruz, para nos salvar, curar nossas feridas causadas pelo pecado em nossas vidas. Somos chamados, nessa celebração, a subir até o calvário, onde se encontra Jesus Crucificado e nos colocar diante d’Ele e adorá-lo. Adorar o autor de nossa justificação, pois sua morte nos garantiu a vida. Nesse dia, ao olhar para a cruz, nosso coração deve não menos ter outro desejo se não o de unir-se em amor a Jesus, consumir-se inteiramente de amor por Ele. São João de Ávila vai nos dizer: “Ó sábia loucura, não viva mais eu sem vós! Senhor, quando vos vejo na Cruz, tudo me convida a amar: o madeiro, a vossa pessoa, as feridas de vosso corpo e principalmente o vosso amor. Tudo me convida a vos amar e não mais me esquecer de vós”.
Guardemos nesse dia o luto pela morte de nosso Deus, até a noite Santa onde, a Vigília Pascal, aguardando ansiosamente a gloriosa Ressurreição de Jesus, para assim podermos cantar : "Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos." (Sal 117,24)




domingo, 10 de abril de 2011

Aquele que crê em Jesus, ainda que esteja morto, viverá.

Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá.... Crês nisto?  Respondeu ela: “Sim, Senhor, creio firmemente que tu és o messias, o filho de Deus, o que  há de vir ao mundo” (Jo 11, 24).


A complexa narração da morte e ressurreição de Lázaro converge, tendo-o como seu cume, rumo a esta suprema revelação de Jesus e à sublime confissão de fé de Marta. É o ponto de chegada do longo caminho que desvela progressivamente o coração de Jesus sobre si mesmo e sobre a vida plena que ele vai doar no Espírito do Pai, aos que acreditam nele. 
Na verdade, a primeira pessoa a sair do túmulo da dor, da profunda decepção, provocada pelo atraso e a falta de socorro no momento esperado, por parte do tão querido e potente amigo Jesus, é Marta. “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá” (11, 21-22). Ela confia no poder que Jesus tem, dada a sua relação profunda com o Pai, e proclama a sua fé nele. Seguindo a solicitação de Jesus, ela passa da crença na ressurreição dos mortos no fim dos tempos à experiência pessoal da ressurreição interior, pela adesão total a Jesus. Ela se torna o modelo do caminho da fé do verdadeiro discípulo, e testemunha antecipada da páscoa, à qual o discípulo é chamado a partilhar com o Mestre. 
Para todos os protagonistas aparece como incompreensível o aparente descuido de Jesus no que diz respeito ao pedido de socorro enviado pelas duas irmãs em nome do amor que vincula o próprio Jesus a Lázaro e a elas: “Senhor, aquele que amas está doente” (Jo 11,3).  
Quando Jesus, desconcertando os presentes, declara abertamente que Lázaro está morto, eis aparecer a luz inesperada que desvela o sentido profundo do acontecimento: a doença do amigo ao fim não é destinada à morte, mas é uma oportunidade para manifestar a potência de Deus, glorificar o Filho e despertar a fé dos discípulos. “Essa doença não leva à morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho seja glorificado por ela” (11,4). 
Na atitude de Jesus para com Marta e Maria e na pedagogia que ele usa para com os discípulos e com o povo, somos convidados a reconhecer a constante pedagogia com a qual Deus acompanha nosso caminho pessoal e nos orienta para crescer na fé e na liberdade do amor. “Senhor, se tivesses estado aqui.....”. Quantas de nossas leituras apressadas dos acontecimentos se refletem nestas palavras de Marta e de Maria! (cf 11, 32). E quantas de nossas queixas apaixonadas e doloridas elas interpretam! O “silêncio” de Deus frente às injustiças, aos mal-entendidos, aos perigos extremos, continuam fazendo parte do drama e das esperanças do homem e da mulher de todos os tempos. Razão de escândalo e de possível ressurreição, de rebelião e de passagem do nível humano ao da misteriosa sabedoria de Deus.
É preciso lembrar que a narração da morte e da ressurreição de Lázaro introduz diretamente na narração da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Para ela converge, na sua estrutura literária assim como nas repetidas alusões veladas. O próprio Jesus vive o grande silêncio de Deus no horto das oliveiras e na cruz, e encontra resposta na misteriosa remoção da pedra do sepulcro. 
O túmulo escavado na rocha guarda bem atados dentro de si não somente o corpo de Lázaro, mas também as expectativas de todos, a começar por Marta. Ela é indicada como a “irmã do morto”, não somente pela consanguinidade na carne, mas por estar morta no seu interior: “Senhor, já cheira mal. Está morto há quatro dias” (11,39). Jesus volta a propor seu desafio/promessa: “Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?” (11,40). Antes de abrir o sepulcro de Lázaro, a fé abre o sepulcro do coração das pessoas, e Jesus, em comunhão com o Pai, abre caminhos para todos os que acreditam nele (11, 43).

Fonte: www.zenit.org/portuguese 

sábado, 19 de março de 2011

19 de Março, Solenidade de São José, Esposo da Virgem Maria.

Para celebrar São José, esposo da Virgem Maria, tutor de Jesus, a Igreja faz uma pausa nas celebrações quaresmais. A 19 de março, destaca-se a solenidade litúrgica na qual ela louva o Senhor, festejando aquele que foi escolhido para a santa missão de cuidar, como pai, do Filho de Deus encarnado.
O Evangelho define em três palavras: “José o Justo”. Pela grande e importante missão que Deus confiou a José, podemos auferir a sua extraordinária virtude e santidade. 
Na vida da Igreja, José sempre ocupou lugar de distinção, respeito e veneração.  O papa Pio IX o declarou Patrono Universal da Igreja, por ter sido escolhido por Deus para cabeça da família de Nazaré, a primeira Igreja Doméstica. Sendo esposo de Maria Santíssima, pai adotivo de Jesus, se torna também patrono da Igreja, Corpo Místico de Cristo.
Mediante a confiança depositada por Deus neste homem justo e bom, o fiel encontra razões para submeter-se ao seu patrocínio e à sua intercessão, em Cristo, para que suplique ao Pai em todas as suas necessidades. Muitos seminários e outras casas de formação dos futuros sacerdotes são postos sob o patrocínio de São José, bem como mosteiros e conventos, pois ele é modelo de alguém que se entregou total e indivisivelmente à obra do Senhor, não querendo nada para si, mas tudo para Deus.




"Confiamos no patrocínio de São José o casto esposo de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Ele é nosso Pai e Protetor-Mor. Já é de tradição irmos a ele como "Nosso Pai e Protetor". Em São José, encontramos um modelo para toda a nossa vida. Pela confiança e fé, respondeu a fidelidade de Deus para com o Seu povo, ajudou a Maria, participou na Obra de Salvação pela educação humana de Jesus, e foi fiel até a morte à sua humilde paternidade. Sua festividade, à 19 de março, será celebrada com grande solenidade".
Padre Gilberto Maria Defina, sjs
(Const. 1998. §§ 256-257)

São José nosso Pai e Protetor, rogai por nós!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Beatificação de João Paulo II


Papa João Paulo II será beatificado em 1º de maio de 2011. A data foi oficializada na manhã desta sexta-feira, 14, com a assinatura do decreto de beatificação pelo Papa Bento XVI, que recebeu em audiência o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato.
A cura da religiosa francesa Marie Simon-Pierre Normand do Mal de Parkinson foi o milagre reconhecido para a Beatificação.
O Rito de Beatificação será presidido pelo próprio Santo Padre, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, no II Domingo da Páscoa - conhecido como da Divina Misericórdia, Festa litúrgica instituída pelo próprio João Paulo II.
"A sua vida e o seu Pontificado foram percorridos pelo desejo de dar a conhecer ao mundo todo [...] a consoladora e entusiasmante grandeza da misericórdia de Deus", afirma o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
De acordo com padre Lombardi, a urna com os restos mortais do Papa polonês será transferida das Grutas Vaticanas para o altar da Capela de São Sebastião, na Basílica de São Pedro. No translado, ela não será aberta - logo, não será uma exumação.Ainda não foi decidida a data em que será celebrada a memória litúrgica do Beato João Paulo II. Esse dia será estabelecido pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos após a Beatificação.
Karol Wojtyla - nome de batismo de João Paulo II - foi o 264º Pontífice da Igreja Católica, o primeiro de origem eslava. Ele faleceu em 2 de abril de 2005, após mais de 25 anos como Sucessor de São Pedro.
De acordo com o Cardeal Angelo Amato, a Causa de João Paulo II teve dois aspectos facilitadores.
"O primeiro diz respeito à dispensa pontifícia da espera de cinco anos para o seu início. Já a segunda foi a passagem para um tribunal especial, que não a colocou em lista de espera. No entanto, no que diz respeito ao rigor e zelo processual, não foram dados privilégios. A Causa foi tratada como as outras, seguindo todos os passos previstos pela legislação da Congregação", disse.
Na lista, figuram também os nomes de outros candidatos à honra dos altares através do próximo passo, que é o reconhecimento de mais um milagre para a canonização.


Processo de beatificação
  - 28/04/2005 - Bento XVI concedeu dispensa do tempo de cinco anos de espera para o início da Causa de Beatificação e Canonização de João Paulo II. A causa foi aberta oficialmente em 28 de junho pelo vigário-geral para a Diocese de Roma, Cardeal Camillo Ruini.
 O Vaticano explica que a dispensa pontifícia dos cinco anos de espera entre a morte do candidato a santo e o início da Causa aconteceu devido à "imponente fama de santidade de que gozava João Paulo II em vida, na morte e depois da morte";
  - 2/04/2007 - dois anos após a morte, na Basílica de São João de latrão, em Roma, o Cardeal Camillo Ruini declarou concluída a primeira fase diocesana do processo de beatificação de João Paulo II, confiando os resultados à Congregação para as Causas dos Santos. Isso acontece através de uma cerimônia jurídico-processual durante a qual são lidas, em latim, as palavras para a passagem dos documentos, compostos por 130 testemunhos a favor e contra a beatificação, além da conclusão de teólogos e historiadores a respeito;
  - 1º/04/2009 - os relatos de possíveis milagres pela intercessão do Papa polonês sob avaliação da Congregação para as Causas dos Santos somam mais de 250;
  - 19/12/2009 - com um decreto assinado pelo Papa Bento XVI, são reconhecidas as virtudes heroicas e Wojtyla é proclamado venerável;
  - 21/10/2010 - uma Comissão Médica da Congregação para as Causas dos Santos recebe os Atos da Investigação Canônica, bem como os detalhes das perícias médico-legais, para exame científico. Os peritos, após estudar com o habitual cuidado os testemunhos processuais e toda a documentação, expressam-se favoravelmente quanto à inexplicabilidade científica da cura;
  - 14/12/2010 - os Consultores teólogos, após terem acesso às conclusões médicas, procedem à avaliação teológica do caso e, unanimemente, reconhecem a unicidade, antecedência e caráter coral da invocação destinada ao Servo de Deus João Paulo II, cuja intercessão foi eficaz para a cura prodigiosa;
  - 11/01/2011 - a Sessão Ordinária dos Cardeais e dos Bispos da Congregação para as Causas dos Santos emite unanimemente uma sentença afirmativa sobre a cura milagrosa da Irmã Marie Simon Pierre, como realizada por Deus de modo cientificamente inexplicável, após intercessão do Sumo Pontífice João Paulo II, confiadamente invocado tanto pela curada quanto por muitos outros fiéis.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Sob o olhar de Deus


Caríssimos irmãos e irmãs quero convidá-los a voltar-se para dentro de si por um instante, e reconhecer quais são as vitórias que você tem contemplado em sua vida. Talvez você seja aquela pessoa que ultimamente só tem enfrentado derrotas. Saiba que Deus lhe abençoou muito. Você não foi criado para ficar prostrado diante desses acontecimentos, e sim voltar-se para Deus, deixando ser encontrado por Seu olhar.
É tempo de voltar para o Senhor! Ele que se deixa encontrar.
Contemplamos no Natal, o nascimento do Menino Jesus, Deus quem vem de encontro à nossa humanidade, Deus que volva seu olhar para nós. Na Epifania de Nosso Senhor, contemplamos a manifestação de Deus, o Deus que se deixa encontrar, tudo isso porque nos ama.
Firmados nesses acontecimentos de nossa fé, somos chamados a levantarmos, voltar para os braços de Deus e deixar ser velado por seu olhar de Pai que tanto nos ama.
Em Cristo Jesus, nos tornamos filhos amados de Deus, seu povo eleito.
“Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gal. 4, 4-6) 
Deus pode tudo, a única coisa que Ele não pode é deixar de nos amar, tudo isso porque Ele é Amor, sua essência é Amor, e é por tanto amor da parte Deus, que em Cristo fomos reintegrados, recebemos a vida eterna, o paraíso que outrora fora perdido por causa do pecado. Na pessoa de Jesus Cristo, podemos contemplar os olhos de Deus sob nós. Deus que cuida de nós qual mãe que cuida de sua criança. E tal qual criança que depende totalmente dos cuidados de sua mãe, assim nós somos dependentes dos cuidados de Deus, o único capaz de suprir nossas necessidades e nossas carências.
Hoje, somos chamados a desviar o nosso olhar de tudo aquilo que não nos trás a felicidade, que rouba nossa paz, tudo aquilo que não nos dá amor e nos afasta de Deus, e deixar-nos ser atraídos pelos olhar de Deus e “olhar a quem nos olha”Permitindo que o  olhar amoroso do Pai nos envolva.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Epifania do Senhor

“Eis que veio o Senhor dos senhores, em suas mãos o poder e a realeza”. 
(Ml 3,1; 1 Cr 19,12)

Caríssimos irmãos,

Celebramos neste domingo a Solenidade da Epifania do Senhor.

O que é a Epifania?

É a manifestação do Salvador a todos os povos e Nações. A manifestação de Deus na pessoa frágil do menino Jesus.

Todos nós somos convidados a nos sentirmos como os Reis Magos, peregrinos na fé, junto com toda a humanidade que enfrenta o cansaço da viagem longa, na busca contínua de um sentido para a vida e para as contradições e percalços da caminhada.
As Sagradas Escrituras nos ensinam a caminhar, a plantar as sementes de nossa fé, vingando águas mais profundas, construindo uma parceria com o Senhor da Vida e a Humanidade.
E essa parceria entre o Senhor e a Humanidade é a festa da manifestação deste Deus que nos convida a viver a vocação “universalista” cantada pelo livro de Isaías na primeira leitura: Jerusalém é agora o centro para o qual convergem as caravanas do mundo inteiro. Esta visão profética, concebida para a restauração da cidade santa depois do Exílio, verifica-se plenamente quando os magos do Oriente, conduzidos por um astro desconhecido, se apresentam na cidade santa, procurando o Messias nascido na cidade de Davi, trazendo-lhe as riquezas das quais falava a visão de Isaías: ouro, incenso e mirra.
Nesse contexto, a humanidade está representada pelos magos do Evangelho, todos os povos da terra que caminham ao encontro do grande desejo de seu coração: o próprio Deus. Ele vem até nós em Jesus, mas temos de dar também nossa ajuda, o nosso passo. 
Nesta solenidade de hoje, Jesus se revela, mostra a sua face a todos os povos, na figura dos Reis que vão adorá-lo, para que todos andem no clarão dessa luz. Assim se realizarão os maiores e mais lídimos ideais da vida: o amor, a paz, a comunhão, a alegria.
Hoje temos a revelação do Deus único e verdadeiro. Em forma conhecida de todos: a forma de um homem, homem e Deus ao mesmo tempo. Realmente, Jesus é o Emanuel, (Is 8,8.10; Mt 1,23), isto é, o Deus conosco.
Jesus é apresentado como “a luz dos povos” (Lc 2,32), é luz para todos.




Os pastores – gente simples do povo – reconheceram o Menino Deus e voltaram ao trabalho “glorificando e louvando a Deus” (Lc 2,20). Os Magos – gente sábia – “encheram de grande alegria e, caindo por terra, o adoraram” (Mt 2,10-11).

Os Magos não foram a Belém apenas para “ver” um menino. Eles foram para adorar, conforme disseram a Herodes (Mt 2,22). E não só adoraram, caíram por terra, reconheceram que o Menino era divino, que o Menino era o Filho de Deus que se manifestou, assim, a eles, da mesma forma como se manifestará a quantos o procurarem e souberem encontrá-Lo na simplicidade.
Na época de Jesus, ouro, incenso e mirra, eram presentes oferecidos a reis, àqueles que eram tidos como deuses. Os magos reconhecem então que o menino que nascera é o único e verdadeiro Rei, o verdadeiro Deus no meio de nós.
Somos convidados hoje, como os Reis Magos a oferecer o nosso ouro, nosso incenso e nossa mirra, a Jesus. E o que viria ser  esses presentes hoje?
Em nossos dias, esses presentes é o nosso próprio coração. O coração torna-se o bem mais valioso que podemos dar a Jesus, reconhecendo sua realeza.
Hoje somos chamados não apenas a ir ao encontro de Jesus, mas somos convidados a adorá-Lo, e numa atitude de entrega ofertar o nosso coração.