terça-feira, 31 de julho de 2012

Viver de Fé

Viver de fé não é fácil, mas é uma experiência pelo qual todos aqueles que optam pelos caminhos do Senhor estão sujeitos a passar.  Muitas vezes o que nos restará será somente a fé, principalmente nos momentos de provações, no momento que tudo parecer sem saída,  em que acharmos que Deus se ausentou. É preciso uma profunda intimidade com Deus, para que dessa experiência se possa colher muitos frutos, e sejam momentos de fecundidade para nossas vidas.

VIVER DE FÉ

Viver de fé,
é dar passos firmes
na escuridão
e saber que existe uma Luz.

Viver de fé,
É saber que Deus
se faz presente
mesmo quando não o sentimos

Viver de fé,
É ouvir no silêncio de Deus,
sua voz a dizer:
“Coragem, estou contigo.”

Viver de fé,
É decidir caminhar
mesmo sem enxergar o caminho
e saber que os olhos de Deus nos guiarão
Viver de fé,
é ultrapassar
os limites da emoção
e só n’Ele confiar

Viver de fé,
É saber que após
o Outono,
vem a Primavera

Viver de fé,
é abandonar-se
em Deus
e só n’Ele esperar



Por: William Costa E. da Silva

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Aqueles que se abandonam aos cuidados de Deus jamais vacilarão.


“Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças...” (Isa 40,31).



A palavra proferida pelo profeta soa a nossos corações como um convite a depositarmos nossa esperança em Deus em todos os momentos de nossa vida, seja nos momentos de alegria, seja nos momentos de dor onde o cansaço parecer consumir-nos por inteiro.
 Esta promessa é para nós um impulso a renovar nossa esperança n’Ele. É para nós, um grito de liberdade. É um convite a libertar-nos de toda opressão causada pelo pecado, pelas tribulações do dia-a-dia.  Somos convidados, tal qual criança precisando de colo, a nos achegar a Deus, e recostar nossa cabeça em seu coração amoroso que está pronto a nos acolher e consolar.
O acolhimento por parte de Deus se dá por causa do imenso amor que ele tem para conosco, Ele nos ama com amor eterno, somos seus filhos queridos, e Ele quer que lancemos todas as nossas preocupações, nosso cansaço – causado pelas lutas diárias– em suas mãos.
Ao nos lançarmos em seus braços, nosso coração  faz uma profunda experiência com seu coração divino, levando-nos a compreender que só um coração cheio de amor e misericórdia é capaz de acolher e restaurar o ânimo daqueles que desanimaram no meio do caminho, e este coração é o coração de Deus, o qual podemos contemplar ao olharmos para o Cristo transpassado na cruz.
Deus é tamanho amor e misericórdia, que envia seu Filho único para morrer por nós (cf. Jo 3,16). E este, por sua vez, também se revela todo misericórdia ao pronunciar palavras que revelam, ser n’Ele que a promessa do Pai se cumpre: “Vinde a mim vós todos que estais cansados com vossos fardos e eu vos aliviarei” (Mt 11,28). Em Cristo todo batizado é reanimado, recebe novo vigor.  É abraçado o Cristo crucificado que todos os filhos de Deus conseguirão suportar todas as outras cruzes da vida.
Eis o porquê ao aproximarmos da Cruz de Cristo, ao meditar este mistério, nosso coração, nossa alma é renovada: porque é da Cruz de Cristo, e é na Cruz de Cristo, que encontramos a força necessária para nossa vida, para lidar com os sofrimentos, com as dores da perda e tudo aquilo que aflige nosso coração. A Cruz torna-se para nós um sinal de esperança, convidando-nos a unir nossos sofrimentos aos sofrimentos de Jesus, e sentir-nos consolados por Ele.
Portanto, ao olharmos para a Cruz, devemos recordar das palavras de Jesus a seus discípulos: “Coragem eu venci o mundo” (Jo 16,33), e encontrarmos a força para prosseguirmos em nossa jornada rumo ao céu.