domingo, 26 de dezembro de 2010

Sagrada Família: Jesus, Maria e José

Ofício das Leituras
Segunda leitura
Das Alocuções do papa Paulo VI
(Alocução pronunciada em Nazaré a 5 de janeiro de 1964)
(Séc. XX)

As lições de Nazaré

Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho.
Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.
Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo. Aqui se descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência entre nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se serviu para revelar-se ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido.
Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo.
Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Como gostaríamos, junto a Maria, de recomeçar a adquirir a verdadeira ciência e a elevada sabedoria das verdades divinas.
Mas estamos apenas de passagem. Temos de abandonar este desejo de continuar aqui o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. Não partiremos, porém, antes de colher às pressas e quase furtivamente algumas breves lições de Nazaré.
Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social.
Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor.


Sagrada Família, rogai por nós!

Fonte: Liturgia das Oras

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Você convidou Jesus para seu natal???

Estamos celebrando mais um Natal. Gostaria de fazer uma pergunta direta a você: Qual é o centro do seu Natal? Quem é a figura central em que se celebra no seu Natal? Você está mais preocupado com a sua ceia de Natal? Ou com as festas regadas à cerveja? Ou você está preocupado com o papai Noel e as árvores externas de Natal? Como você chega a esta noite de Natal e ao dia iluminado do Natal? Como um dia qualquer para muitas festas mundanas? Ou para que Jesus nasça no seu coração?
Você convidou Jesus para participar da sua ceia de Natal?
Você convidou Jesus para participar do seu almoço de Natal?
Você convidou Jesus para caminhar no próximo ano com você todos os seus dias para que os seus dias sejam iluminados pela pessoa de Jesus Cristo?
Nós devemos romper o círculo vicioso e materialista do mundo que coloca o Natal como uma simples festa mundana, de compras e vendas, de confraternização sem compromisso, e viver um Natal verdadeiramente Natal. Natal é dia de Nascimento do Redentor da Humanidade, de Nosso Salvador Jesus Cristo.
Somente há sentido em se celebrar o Natal se o aniversariante for JESUS CRISTO, o nosso REDENTOR E SALVADOR.
Convido você, querido leitor, para diante do presépio, coloque o seu olhar à inteira humanidade,destinatária da graça do segundo Adão, sempre, porém, herdeira do pecado do primeiro Adão. Não será por acaso este primeiro “não” a Deus, reiterado em cada pecado do homem, que continua a desfigurar o rosto da humanidade? Crianças agredidas, humilhadas e abandonadas, mulheres violentadas e desfrutadas, jovens, adultos, velhos marginalizados, listas intermináveis de exilados e de prófugos, violência e guerrilha em numerosos pontos do planeta, particularmente em nossas cidades com a guerra do tráfico e da droga. Quanto mais densas forem as trevas, mais forte ainda é a esperança do triunfo da Luz surgida na Noite Santa em Belém. 
Quanta bondade é feita silenciosamente por homens e mulheres que vivem no dia-a-dia a sua fé, seu trabalho, sua dedicação à família e para o bem da sociedade. Mais: é estimulante o empenho dos que procuram que sejam respeitados, mesmo no âmbito público, quando na singeleza da Manjedoura, somos convidados a dar um não ao aborto, à eutanásia e à cultura da morte, valorizando a cultura da vida.
Jesus somente vai nascer no seu coração, vai fazer parte do seu Natal, se na singeleza da abertura do seu coração, Ele for o principal convidado do seu próprio aniversário. Afinal, há festa de aniversário sem o aniversariante? Sem Jesus não há um autentico Natal!


Um Feliz Natal para todos!!!


Fonte:http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/diamantino/05.htm