domingo, 2 de janeiro de 2011

Epifania do Senhor

“Eis que veio o Senhor dos senhores, em suas mãos o poder e a realeza”. 
(Ml 3,1; 1 Cr 19,12)

Caríssimos irmãos,

Celebramos neste domingo a Solenidade da Epifania do Senhor.

O que é a Epifania?

É a manifestação do Salvador a todos os povos e Nações. A manifestação de Deus na pessoa frágil do menino Jesus.

Todos nós somos convidados a nos sentirmos como os Reis Magos, peregrinos na fé, junto com toda a humanidade que enfrenta o cansaço da viagem longa, na busca contínua de um sentido para a vida e para as contradições e percalços da caminhada.
As Sagradas Escrituras nos ensinam a caminhar, a plantar as sementes de nossa fé, vingando águas mais profundas, construindo uma parceria com o Senhor da Vida e a Humanidade.
E essa parceria entre o Senhor e a Humanidade é a festa da manifestação deste Deus que nos convida a viver a vocação “universalista” cantada pelo livro de Isaías na primeira leitura: Jerusalém é agora o centro para o qual convergem as caravanas do mundo inteiro. Esta visão profética, concebida para a restauração da cidade santa depois do Exílio, verifica-se plenamente quando os magos do Oriente, conduzidos por um astro desconhecido, se apresentam na cidade santa, procurando o Messias nascido na cidade de Davi, trazendo-lhe as riquezas das quais falava a visão de Isaías: ouro, incenso e mirra.
Nesse contexto, a humanidade está representada pelos magos do Evangelho, todos os povos da terra que caminham ao encontro do grande desejo de seu coração: o próprio Deus. Ele vem até nós em Jesus, mas temos de dar também nossa ajuda, o nosso passo. 
Nesta solenidade de hoje, Jesus se revela, mostra a sua face a todos os povos, na figura dos Reis que vão adorá-lo, para que todos andem no clarão dessa luz. Assim se realizarão os maiores e mais lídimos ideais da vida: o amor, a paz, a comunhão, a alegria.
Hoje temos a revelação do Deus único e verdadeiro. Em forma conhecida de todos: a forma de um homem, homem e Deus ao mesmo tempo. Realmente, Jesus é o Emanuel, (Is 8,8.10; Mt 1,23), isto é, o Deus conosco.
Jesus é apresentado como “a luz dos povos” (Lc 2,32), é luz para todos.




Os pastores – gente simples do povo – reconheceram o Menino Deus e voltaram ao trabalho “glorificando e louvando a Deus” (Lc 2,20). Os Magos – gente sábia – “encheram de grande alegria e, caindo por terra, o adoraram” (Mt 2,10-11).

Os Magos não foram a Belém apenas para “ver” um menino. Eles foram para adorar, conforme disseram a Herodes (Mt 2,22). E não só adoraram, caíram por terra, reconheceram que o Menino era divino, que o Menino era o Filho de Deus que se manifestou, assim, a eles, da mesma forma como se manifestará a quantos o procurarem e souberem encontrá-Lo na simplicidade.
Na época de Jesus, ouro, incenso e mirra, eram presentes oferecidos a reis, àqueles que eram tidos como deuses. Os magos reconhecem então que o menino que nascera é o único e verdadeiro Rei, o verdadeiro Deus no meio de nós.
Somos convidados hoje, como os Reis Magos a oferecer o nosso ouro, nosso incenso e nossa mirra, a Jesus. E o que viria ser  esses presentes hoje?
Em nossos dias, esses presentes é o nosso próprio coração. O coração torna-se o bem mais valioso que podemos dar a Jesus, reconhecendo sua realeza.
Hoje somos chamados não apenas a ir ao encontro de Jesus, mas somos convidados a adorá-Lo, e numa atitude de entrega ofertar o nosso coração.







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